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segunda-feira, 4 de maio de 2009

Rescaldo 8ª Edição do Portalegre


































Tenho até alguma dificuldade em começar...
Quando ouvia falar da maratona de Portalegre, estranhava a forma como o faziam, pois alguns dos relatores eu até os colocava junto àquele leque dos caçadores, pescadores e outros... tal não era a forma como a empolgavam para ilustrar um cenário ímpar entre os demais.
Na verdade, foi só chegar a Portalegre para me aperceber que efectivamente a coisa era grande...
E foi esta a primeira impressão com que fiquei quando cheguei a Portalegre acompanhado do Filipe Martins, do Francisco Lopes, que comigo (Luís Inácio) compunham o trio que se propunha à aventura, e ainda o Carlos Cabedal que fez questão de acompanhar a malta para dar algum apoio.
Chegamos às 07h15, esperava-nos um excelente cenário de acolhimento. Arcos insufláveis marcavam a zona de concentração para a partida, Bttistas e bikes por tudo quanto era sítio, centenas de bikes já "ençarilhadas" na zona de partida a marcar posição, relotes de comida, carros e mais carros a chegar com bikes, muitos Espanhóis... bem, realmente a coisa parecia mítico!
Toca a preparar o material que se faz tarde...
Bikes afinadas, equipamento lavadinho, mochilas com líquidos e comida, luvas e capacete e ai vão os três gémeos do BTT CABEÇO DAS ÁGUIAS a caminho da primeira picagem do dorsal antes de perfilar na já extensa fila de Bttistas. Com um bocadinho de ousadia lá me consegui infiltrar, acabando por ficar sensivelmente no primeiro terço da partida, onde acabei por ficar relativamente próximo do amigo Sérgio Breites, de Abrantes, que imediatamente me fez sinal para seguirmos juntos, ficando bem mais cá para trás o Filipe e o Francisco.
Sinal de partida, clites e mais clites a entrar nos pedais, e quando meti o rabo em cima do selim já a corda de Bttistas era de tal forma extensa, que os primeiros já se haviam esfumado.

E era assim que começava o nosso primeiro Portalegre.
Foram 15km iniciais por asfalto, sempre em pendente ascendente, que se acentuava cada vez mais a cada pedalada até à divisão dos percursos. Nestes kms eu e o Sérgio imprimi-mos um ritmo forte, o que nos permitiu subir muitas posições, seguramente centenas. Aqui começou a evidenciar-se a enorme experiência do Sérgio, sempre com dicas importantes, "respira bem, ingere líquidos, leva mudanças leves, não canses as pernas que isto mal começou...", e se ele sabia o que dizia... este rapaz que já leva seis maratonas de Portalegre, cinco das quais nos 100km`s, é obra!
Entramos nos trilhos a sério, continuamos com um ritmo vivo, sempre a recuperar posições, se bem que de vez em quando o Sérgio me puxava as rédeas, "atenção às descidas, olha as pedras, olha os furos", não demorou muito tempo e lá estava eu a experimentar o piso da serra de São Mamede... fogo... se é duro!
Foi numa descida rápida e talvez uma ultrapassagem precipitada, mas ia com o sangue na guelra, que me levou a embater na roda de trás do camarada da frente, originando um tralho daqueles dignos desse nome, e estava feito a estreia da minha épic nos malhos. Meio atordoado, imensas dores num ombro, bike desinquadrilhada, bem... pensei que o meu Portalegre tinha acabado ali...
Com sacrifício, lá me levantei, endireitei o selim, guiador, manetes e lá arranquei meio empenado. Qual não foi o meu espanto, quando ao fim de algum tempo dou com o meu amigo Sérgio parado a olhar para trás, à minha espera, pois ele não se apercebeu da queda porque seguia à frente. Caraças, eu até cresci um palmo! Passou-me logo as dores todas... prometi logo a mim mesmo que aquele gesto do Sérgio no mínimo, merecia que eu desse tudo até ao final para o acompanhar, e se o homem anda!

E assim foi por entre trilhos ingremes até às afamadas antenas e depois descidas técnicas e alguns singles até à cidade, onde cheguei bastante mal tratado...

Meta cortada, logo atrás do Sérgio Breites, posição 250 com 03h30m, entre cerca de 1800 classificados, cumprimento efusivo ao Sérgio de agradecimento e reconhecimento pela excelente companhia e ajuda, homem com um espirito de Bttista notável.
Saí da zona de meta cheio de dores, má disposição e tonturas, dali a estar deitado numa maca da cruz vermelha foi um instante, mas nada de mais, apenas um forte traumatismo num ombro e uma desidratação elevada o que com alguns liquidos e barras se recompos.

Foi assim o meu primeiro Portalegre.
Excelentes e exigentes trilhos, Mega e super eficiente organização, onde nada foi deixado ao acaso, ambiente maravilhoso, boa comida.
È realmente o passeio mitico que qualquer Bttista deve fazer.
Brevemente hà mais, divirtam-se.

Texto: Luís Inácio
Fotos: Filipe Martins, Carlos Cabedal e outros


Mais fotos em :

http://picasaweb.google.pt/bttcabecodasaguias0/Portalegre2009#

4 comentários:

Anônimo disse...

Pela primeira vez em Portalegre levava como objectivo terminar a "Mítica" como lhe chamam. Desta forma e sempre na companhia do amigo de longa data e de pedalada Xico, lá fomos dando ao pedal. Vivemos momentos de comédia, quase desespero, angústia, enfim uma mistura de sentimentos que faz com que aquele ambiente envolvido por mais 3300 almas se torne quase "mágico".
Gostei, foi duro mas já passou.
Para quem gosta desta modalidade acho que é uma prova que pelo menos uma vez na vida deve ser feita.
Aproveito também o espaço e o momento para desejar a todos os acidentados as rápidas melhoras.

Votos de boas pedaladas, saúde e força nas canetas.

F. M.

Anônimo disse...

Meninos. Imagino a dureza que tenha sido a a ajuda entre camaradas tudo bom espírito, espero para o ano estar entre vocês.
Boas pedaladas, Pedro.

Anônimo disse...

boas amigos, espero que estejam todos a pedalar como os melhores e que as dores do inácio já lhe tenham passado, mas tem que falar com ele a serio então o gajo caiu e não pediu autorização a ningúem para cair ai ai ai, nem respeitou o mais velho o sergio rsrsrs.
Amigo Inácio em relação ao Sergio, aquilo é um grande amigo mesmo, pessoas como o Sergio, não se encontram por ai todos os dias, humilde e um homem com H grande, de quem tenho o prazer de ser amigo também.
Um abraço
chamusco

Anônimo disse...

grande Filipe, grande repoprtagem fotográfica e claro, mais um boa aventura em cima de uma btt.a adrenalina de participar numa maratona desta natureza deve ser monstruosa e espetacular.continua com as boas reportagens e pedaladas por esse país fora.
um abraço

Tony Soares o Cister Monge